É um exame indicado para avaliação diagnóstica e, quando necessário, tratamento das doenças da parte superior do tubo digestivo, incluindo o esôfago, o estômago e a porção inicial do duodeno.
Ele é realizado introduzindo-se através da boca um aparelho flexível com iluminação central que permite a visualização de todo o trajeto examinado e a imagem é transmitida para um monitor. O exame pode ser realizado com anestesia tópica (um spray de anestésico na garganta) ou com sedação, utilizando medicação administrada por uma veia para permitir que você relaxe e adormeça.
No ato da marcação informe todos os medicamentos de uso contínuo. Em alguns casos poderá haver alguma orientação especial sobre o uso desses remédios antes do procedimento endoscópico. Informe se possui alguma doença.
No dia marcado é indispensável jejum de 8 horas, trazer acompanhante maior de idade e a documentação solicitada no momento da marcação e a solicitação do médico-assistente.
Para realização do exame é necessário que seu estômago esteja vazio. Você deverá permanecer em jejum completo por 8 horas. Se houver necessidade do uso de alguma medicação prescrita (por exemplo: anti-hipertensivos antes do exame), você deve tomá-la com pequenos goles de água. Não faça uso de leite ou de antiácidos. O uso de grande parte das medicações de uso contínuo pode ser postergado para após o exame. Caso você seja diabético, marque o exame para o horário mais cedo possível e deixe para fazer uso de insulina ou dos hipoglicemiantes orais após o exame e próximo à primeira refeição do dia. Evite comparecer com unhas pintadas, porque o esmalte prejudica a monitorização da oxigenação sangüínea durante o exame.
Antes do exame, é necessário o preenchimento da ficha de admissão e do termo de consentimento informado. O médico estará disponível para explicar o procedimento e responder as suas perguntas, sanando todas as suas dúvidas.
A endoscopia é um exame para avaliar o sistema digestivo. Na endoscopia digestiva alta com biópsia e/ou citologia para pesquisa de Helicobacter Pylori além das estruturas superiores como o esôfago, o estômago e o duodeno, é coletada uma amostra do tecido que recobre o estômago em busca da Helicobacter pylori, ou H. Pylori.
A Endoscopia Digestiva Alta serve para diagnosticar doenças que afetam o sistema digestivo, como gastrite, úlcera e refluxo, por exemplo.
Quando há o complemento da biópsia e/ou citologia, o objetivo é realmente analisar em busca do H. pylori, bactéria que pode colonizar o estômago e vive em meio ácido. Muitos indivíduos apresentam H. pylori no estômago.
A H. pylori pode causar úlceras e gastrite, e sua presença muda o tratamento. Além disso, a H. pylori é um cofator no desenvolvimento do câncer de estômago.
A Endoscopia Digestiva Alta com Biópsia e/ou Citologia para Pesquisa de Helicobacter Pylori costuma ser recomendada para queixa de dor de estômago e dor abdominal, azia, queimação e refluxo.
A Doença Celíaca é um distúrbio autoimune provocado pela intolerância ao glúten. Na maioria das pessoas, este problema pode se desenvolver em qualquer época da vida e tem caráter permanente — já que não existe cura conhecida. No entanto, com o diagnóstico da doença celíaca feito de forma correta é possível ter uma vida absolutamente normal.
Quando um paciente faz um teste positivo para a doença celíaca, o médico pode indicar a realização de uma biópsia do duodeno. Este exame é um pouco mais invasivo e, por isso, é realizado através de uma endoscopia digestiva alta.
A cromoscopia é a aplicação de agentes que realçam a superfície das mucosas gastrointestinais durante exames endoscópicos. Com essa prática, é possível avaliar de maneira mais eficaz o órgão analisado, observando com mais nitidez as estruturas, possíveis lesões e problemas precocemente.
Retirada de Corpo Estranho por Endoscopia
Em alguns casos a endoscopia pode ser uma alternativa para retirada de corpo estranho assim como a colonoscopia, a endoscopia é uma alternativa caso o “corpo” esteja no esôfago, estômago ou duodeno.
Para lesões no estômago o procedimento está indicado nos casos de lesões sugestivas de câncer gástrico precoce medindo até 20 mm de tamanho e sem ulceração.
Para pólipos ou lesões elevadas no cólon, o procedimento é indicado geralmente para lesões maiores de 10 mm, quando a chance de câncer se torna maior e se pretende a remoção da lesão “em bloco”. Para lesões maiores, a ressecção normalmente precisa ser em fragmentos.
O procedimento é realizado através de endoscopia digestiva alta ou colonoscopia, conforme a localização da lesão. Assim como nos exames de endoscopia digestiva alta e colonoscopia diagnósticas, o paciente fica sedado durante o procedimento para que tenha conforto. Tanto o aparelho de endoscopia digestiva alta (habitualmente chamado de endoscópio) quanto o colonoscópio, possuem um ou mais canais por onde é possível passar instrumentos durante o procedimento.
Após devidamente localizada e avaliada a lesão, é realizada uma injeção com solução contendo soro fisiológico e outros fármacos, imediatamente abaixo da lesão. Esta injeção tem o objetivo de elevar a lesão, separando-a das camadas mais profundas do órgão, minimizando o risco de perfuração e facilitando a remoção com a utilização de alça cortante apropriada. O material removido é então armazenado em frasco apropriado com formol e enviado para análise em microscópio para determinação tanto do tipo da lesão quanto para avaliar se a lesão pode ser removida completamente. Esta análise normalmente leva em torno de duas semanas.
A mucosectomia pode durar de 20 a 90 minutos. Esta diferença considerável de tempo é devido a grande variação na dificuldade de realização do procedimento de acordo com fatores como a localização da lesão e as características da mesma.
A Gastrostomia Endoscópica é um procedimento que combina técnicas da endoscopia para introduzir uma sonda que atravessa a parede do abdômen e vai direto ao tubo digestivo em pacientes que precisam fazer uso de sonda gástrica para se alimentar e receber líquidos e medicação diretamente no estômago, ao invés de ingerir e deglutir.
A Gastrostomia Endoscópica leva cerca de uma hora e é feita sob sedação, da mesma forma que a endoscopia tradicional.
Dois médicos conduzem o procedimento, um deles faz a endoscopia em busca de lesões no estômago que impedem a colocação da sonda, bem como na busca de um lugar para colocação da sonda. O outro fica responsável por criar o acesso para colocação da sonda no abdômen, por meio de um cateter e pequena incisão.
A dilatação esofágica é um procedimento que permite o médico dilatar uma área estreita do seu esôfago. O médico pode utilizar varias técnicas para este procedimento. Pode ser realizada com auxílio direto da endoscopia ou alternar através de sondas dilatadoras calibrosas passadas através da boca para o esôfago.
A causa mais comum do estreitamento do esôfago é a cicatrização do esôfago devido ao refluxo de ácido em pacientes com Doença de Refluxo grave. O paciente que tem uma parte do esôfago estreita tem problemas para engolir, sente que a comida fica presa, causando dor. As causas menos comuns do estreitamento esofágico são as membranas ou anéis (que são finas capas de tecido), câncer de esôfago, acalasia, cicatrização depois de um tratamento de radiação ou uma desordem motora.
Dependendo do tamanho do estreitamente do esôfago e a sua causa é normal ter que repetir as dilatações. Isto permite que a dilatação se realize gradualmente e diminui os riscos do procedimento, uma vez que o esôfago está completamente dilatado pode ser que não seja necessário repetir as dilatações. Se a estenose se deve a refluxo de ácido, medicamentos podem diminuir o risco de sofrer estenose novamente.
As varizes esofágicas são veias anômalas e dilatadas que se formam no esôfago, com elevado risco de hemorragias graves. Essas varizes costumam ser uma consequência possível das doenças crônicas do fígado.
A ligadura elástica é feita durante o procedimento de endoscopia, após o diagnóstico, por meio de dispositivo conectado à ponta do aparelho de endoscopia, quando o dispositivo aspira um ponto específico da variz e solta um anel de borracha que tem a função de estrangular uma porção da variz aspirada. Esse processo faz com que a variz diminua até desaparecer, em um processo que dura cerca de duas semanas.
Podem ser necessárias várias sessões, até que se conclua a ligadura de todas as varizes com risco de hemorragia. Cada sessão costuma durar cerca de 30 minutos, e as sessões são repetidas geralmente a cada 15 a 30 dias.
O pós-procedimento pode gerar um pouco de desconforto no paciente, principalmente na hora de engolir, mas dura poucos dias.
Colonoscopia é um exame utilizado para analisar a saúde do interior do cólon e do reto usando um colonoscópio, um tubo fino e flexível com uma luz e uma câmera na ponta. Com ele, é possível identificar lesões sugestivas de câncer colorretal, pólipos e outras condições médicas.
O exame de colonoscopia é utilizado para identificar alterações, como tecidos inchados, pólipos e, até mesmo, lesões que sugiram câncer, no intestino grosso (cólon) e no reto.
É indicado para pacientes que tenham sintomas como: alteração do hábito intestinal, diarreia persistente, sangue nas fezes, dores abdominais, perda de peso sem motivo aparente e alteração no formato das fezes.
Paciente deverá fazer o preparo em dois dias. Na véspera, deverá tomar laxantes e manter uma dieta somente de carboidratos, sem proteínas. Já no dia do exame, deverá tomar uma substância para limpar o intestino.
As contraindicações são de caráter clínico para os pacientes internados. Além disso, é preciso saber se o paciente tem alguma doença pré-existente que possa impedir a realização do exame.
Geralmente o exame dura apenas de 30 a 40 minutos, mas tudo depende do que o médico encontrar durante a investigação.
Em alguns casos, quando há uma lesão suspeita para câncer, uma diarréia crônica, colite ulcerativa, doença de chron, etc. o médico responsável pelo exame pode optar por retirar uma pequena amostra de tecido da mucosa intestinal para análise em laboratório. Esse procedimento é chamado de colonoscopia com biopsia.
Colonoscopia com Cromoscopia
A cromoscopia em colonoscopia consiste na aplicação de agentes corantes que realçam a superfície da mucosa, o que permite melhor avaliação durante a endoscopia e é uma maneira de melhorar a capacidade da colonoscopia na detecção de pólipos, principalmente lesões planas e LST ulceradas.
Retirada de Corpo Estranho por Colonoscopia
Em alguns casos a colonoscopia pode ser uma alternativa para retirada de corpo estranho assim como a endoscopia digestiva alta, dependendo da região em que este corpo estranho se encontra.
Hemostasia por endoscopia ou colonoscopia consiste no tratamento o da hemorragia digestiva alta ou baixa, controlando e parando o sangramento.
Hemorragia digestiva alta (sangramento do esôfago, estômago ou duodeno) e baixa (sangramento do intestino grosso ou reto) são consideradas emergência médica, sendo relativamente frequentes.
São exemplos de causas de hemorragia digestiva:
Várias modalidades de tratamento por endoscopia ou colonoscopia são disponíveis, no qual o médico irá indicar o tratamento adequado para cada tipo de sangramento.
Estes métodos mostram-se altamente eficientes no controle hemostático (parada do sangramento) na hemorragia digestiva, tornando a endoscopia e colonoscopia exames de fundamental importância na vigência de sangramento digestivo.
Na Colonoscopia com Mucosectomia, realiza-se um procedimento específico durante a colonoscopia, que é a remoção de lesões presentes na mucosa do intestino, consideradas câncer de cólon e reto.
A Colonoscopia com Mucosectomia também é chamada de ressecção endoscópica da mucosa.
Na Colonoscopia com Mucosectomia, o tubo é equipado com uma lente que amplia as imagens, uma pinça e bisturi elétrico. O médico busca as lesões que devem ser removidas. Ao encontrar, o médico utiliza os equipamentos para retirada das lesões da mucosa.
Pode-se usar soro e corantes, por exemplo, para evidenciar melhor as lesões e removê-las totalmente.
O procedimento é considerado não cirúrgico e é bem menos invasivo, permitindo maiores chances de cura.
A Colonoscopia com Mucosectomia serve para remover lesões da mucosa do intestino diagnosticadas como câncer.
A Colonoscopia com Mucosectomia tem fins terapêuticos e é um procedimento seguro e minimamente invasivo que permite recuperação mais rápida e menos dolorosa
A colonoscopia com polipectomia é uma prática comum e extremamente importante, sendo a principal ferramenta de prevenção do desenvolvimento do câncer colorretal, por meio da retirada dos pólipos, que potencialmente poderiam se tornar tumores.
Após a retirada dos pólipos colorretais, que são espécies de lesão, eles são enviados para avaliação e classificados entre benignos ou malignos. Na colonoscopia com polipectomia, os pólipos podem ser totalmente retirados, antes mesmo de sua análise.
A colonoscopia com polipectomia é um procedimento que exemplifica bem a importância da colonoscopia por si só: o seu rastreamento possibilita um diagnóstico e tratamento precoces dos pólipos, antes deles se tornarem um câncer.